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Doenças Crônicas Não Transmissíveis: A Epidemia Silenciosa que Exige Ação Imediata

As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs) — como as doenças cardiovasculares, câncer, diabetes e doenças respiratórias crônicas — são hoje a principal causa de morte no mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), essas enfermidades são responsáveis por cerca de 74% de todos os óbitos globais, o que representa aproximadamente 41 milhões de mortes por ano. Essa realidade configura uma verdadeira epidemia silenciosa, com impactos profundos sobre a saúde pública, a qualidade de vida e a economia mundial.


Dimensões do Problema

➲ Doenças cardiovasculares
Essas doenças são a principal causa de morte no planeta, com 17,9 milhões de vítimas por ano. Condições como infarto e acidente vascular cerebral (AVC) são fortemente associadas a fatores como hipertensão, que afeta cerca de 24% a 32% da população brasileira adulta, conforme dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS).

➲ Câncer
O câncer ocupa a segunda posição entre as causas de morte global, com cerca de 10 milhões de mortes anuais. No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) projeta 704 mil novos casos por ano até 2025, com destaque para os cânceres de mama, próstata e pele não melanoma.

➲ Diabetes
De acordo com a Federação Internacional de Diabetes, 537 milhões de adultos vivem com a doença em todo o mundo, resultando em aproximadamente 6,7 milhões de mortes a cada ano. No Brasil, a prevalência está em torno de 6,9% da população, com risco elevado de complicações como insuficiência renal e doenças cardiovasculares.

➲ Doenças respiratórias crônicas
Incluem enfermidades como a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) e a asma, responsáveis por cerca de 4 milhões de mortes anuais globalmente. No Brasil, estudos apontam alta incidência de alergias respiratórias, especialmente em áreas urbanas, embora o número possa variar conforme a metodologia.


Fatores de Risco em Alta

O avanço das DCNTs está diretamente relacionado a fatores comportamentais e ambientais. Entre os principais estão:

    • Sedentarismo

    • Alimentação rica em ultraprocessados

    • Tabagismo e uso de álcool

    • Obesidade – que já atinge milhões de brasileiros

    • Poluição do ar, com efeitos diretos sobre doenças cardiovasculares e pulmonares

Esses fatores são modificáveis, o que torna as DCNTs amplamente preveníveis.


Impactos Econômicos Profundos

As DCNTs não causam apenas sofrimento individual e familiar — elas também impõem uma carga econômica massiva aos sistemas de saúde e à produtividade. Estimativas do World Economic Forum apontam que o custo global das DCNTs pode ultrapassar US$ 47 trilhões até 2030, resultado dos gastos com tratamento e perdas de produtividade.

Na América Latina, as perdas podem alcançar US$ 2,5 trilhões no mesmo período. Isso mostra que o combate a essas doenças não é apenas uma questão de saúde, mas de sustentabilidade econômica.


Desigualdade e Injustiça em Saúde

A carga das DCNTs é desproporcional: 86% das mortes prematuras causadas por essas doenças ocorrem em países de baixa e média renda, onde o acesso à prevenção, diagnóstico precoce e tratamento é limitado. Isso agrava desigualdades já existentes e reforça a urgência de intervenções equitativas.


Soluções Existentes e Custo-Efetivas

A boa notícia é que as DCNTs são evitáveis em grande parte. A OMS identificou um conjunto de intervenções chamadas “best buys”, que são eficazes e de baixo custo. Entre elas:

    • Aumento de impostos sobre tabaco e bebidas açucaradas

    • Rotulagem nutricional clara nos alimentos

    • Promoção de ambientes urbanos saudáveis, que incentivem a prática de atividade física

    • Campanhas de alimentação saudável e combate à obesidade

    • Programas de rastreamento precoce para hipertensão, diabetes e câncer

Cada US$ 1 investido em prevenção pode gerar um retorno de até US$ 7 em economia de custos de saúde e aumento de produtividade até 2030, segundo a OMS.


A Hora de Agir é Agora

Com ações coordenadas entre governos, setor privado e sociedade civil, é possível evitar até 80% das mortes prematuras por DCNTs. O combate a essa epidemia requer mais que políticas de saúde — exige uma abordagem multissetorial que envolva educação, urbanismo, meio ambiente e desenvolvimento econômico.

A janela de oportunidade está aberta. As doenças crônicas não precisam ser o destino inevitável de milhões de pessoas. Prevenir, tratar e educar são escolhas — e o momento para agir é agora.


Fontes confiáveis:

    • Organização Mundial da Saúde (OMS)

    • Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS)

    • Instituto Nacional de Câncer (INCA)

    • Federação Internacional de Diabetes (IDF)

    • World Economic Forum

    • The Lancet

    • Ministério da Saúde (Brasil)